PREFEITURA DE EMBU DAS ARTES DESCARTA PROJETO SOCIAL DE SUCESSO
A tecnologia social utilizada pelo projeto Colhendo Sustentabilidade acaba de receber a Certificação do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011. O projeto é desvalorizado pela Prefeitura apesar dos excelentes resultados e do reconhecimento nacional!
O projeto Colhendo Sustentabilidade agora é referência nacional. A tecnologia social aplicada no projeto recebeu no dia 22 de novembro a certificação do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011, ficando entre as 27 melhores tecnologias do Brasil e entre as três mais bem avaliadas da região sudeste! (Assista ao vídeo: http://youtu.be/G709eJZV1kU). Porém, a Prefeitura de Embu das Artes (SP) não renovou o contrato com a equipe do projeto e está despejando as famílias que trabalham no terreno da região de Itatuba, pois a área foi vendida para a Hines, uma empresa de logística.
O projeto Colhendo Sustentabilidade é desenvolvido pela equipe técnica da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), promove geração de trabalho e renda, ensinando a população a produzir alimentos saudáveis para o consumo das famílias em risco alimentar, e gera renda com a venda do excedente. Traz grandes benefícios, atendendo cerca de 200 pessoas por mês, e forma multiplicadores em dez hortas comunitárias orgânicas em diversas regiões da cidade, nas quais já foram atendidas mais de 1.000 pessoas. As ações do projeto vinham crescendo e se multiplicando com o objetivo de se transformar em políticas públicas de geração de trabalho e renda com foco na economia solidária, segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento local sustentável, cidadania e saúde. Além de colocar o município de Embu das Artes em evidência pelas ações em agricultura urbana e agroecologia.
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Prefeitura de embu das artes despeja projeto social
A Prefeitura de Embu das Artes vendeu o terreno público de 127 mil m2 localizado no bairro de Itatuba, onde o projeto Colhendo Sustentabilidade – Hortas Urbanas funciona há cerca de três anos. O projeto promove geração de trabalho e renda, ensinando a população a produzir alimentos saudáveis para o consumo das famílias em risco alimentar, e gera renda com a venda do excedente. Agora o projeto está sendo despejado da área.
Colhendo Sustentabilidade é referência na região, e foi financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), pela Prefeitura de Embu e pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE). Traz grandes benefícios para a cidade, atendendo cerca de 200 pessoas por mês, e forma multiplicadores em dez hortas comunitárias orgânicas em diversas regiões da cidade. A tecnologia social desenvolvida pelo projeto foi selecionada entre as três mais bem avaliadas de toda a região sudeste pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais. O convênio da segunda fase do projeto foi encerrado em setembro e a Prefeitura alegou que não dispõe de recursos para a renovação, porém tocaria as ações com equipe própria. Agora, as ações do projeto estão sendo realizadas voluntariamente pela equipe técnica da SEAE nas comunidades, para evitar a desmobilização dos participantes e não colocar em risco um trabalho de quase quatro anos.
No leilão, realizado no dia 22 de agosto, o terreno de Itatuba foi comprado pela Hines, uma multinacional de logística, por R$ 8,5 milhões. Leandro Dolenc, presidente da SEAE, conta que durante o leilão os presentes disseram que “o Plano Diretor não permite galpões e o terreno possui um projeto social que gera renda para a comunidade, porém ninguém deu importância”.
Os participantes do projeto estão atônitos. Além do projeto não ser renovado pela prefeitura, estão sendo despejados da área de Itatuba. “O Secretário de Meio Ambiente, João Ramos, falou que temos que sair do terreno em 30 dias. Isso é um descaso com nosso trabalho, nem dá pra colher o que nós plantamos. Como fica o investimento que fizemos na área? Vamos perder tudo? Trabalhamos naquela terra por mais de um ano, só para ela ficar produtiva. A única coisa que a gente quer é trabalhar,” contam os representantes do empreendimento solidário Elo da Terra, participantes do projeto.
A área conta com patrimônios públicos comprados com recursos do MDS e instalados no terreno, como uma estufa profissional de 100 m² e um container. A produção realizada no terreno pelo empreendimento solidário Elo da Terra fornece alimentos orgânicos para a Feira Agrossustentável e com o fim da produção, a oferta desses alimentos saudáveis para a população está em risco.
Quem sai perdendo é a Cidade das Artes que precisa de renda, saúde e educação!
Saiba mais:
O projeto Colhendo Sustentabilidade é uma parceria entre a Prefeitura e a SEAE, responsável pela execução técnica. Promove geração de trabalho e renda, por meio da produção comunitária de alimentos saudáveis para o consumo das famílias em insegurança alimentar, e gera renda com a comercialização do excedente por meio da venda nos bairros e na Feira Agrossustentável de Embu das Artes, realizada quinzenalmente no Parque do Lago Francisco Rizzo.
Conta com o apoio das Secretarias de Assistência Social e Saúde, que têm no projeto um reforço nas ações em prol da segurança alimentar e nutricional, da geração de trabalho e renda e promoção da saúde. Também beneficia a gestão do território urbano, pois as comunidades recuperam terrenos abandonados, transformando-os em áreas produtivas e cuidadas.
Indaia Emília - Assessoria de Comunicação SEAE
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